terça-feira, 8 de novembro de 2011

Soneto Pequeno

O mundo é grande e eu sou pequenino.
O mundo, na verdade, é bem gigante.
O resto, bem, não é significante.
O mundo é homem. Eu, mero menino.

Os homens são tão grandes neste mundo
que o resto todo é só poeira e vento
sem rumo. Apenas tempo e movimento,
é hora o homem. Eu, nem um segundo.

Um  grão, nesta ampulheta que não vira.
Deixei o vão, a queda vivo assim.
Meu alvo é chão, dispenso, pois, a mira.

Afirmam que algo há de eterno em mim,
mas como acreditar nesta mentira?
Um pingo e pronto: um ponto marca o fim.

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