Oh prédio, arquitetônica expressão
composta, entre outras coisas, de cimento.
Carrega na cabeça o firmamento
enquanto, sob os pés, espreme o chão
No esôfago comporta um elevador
que leva e traz, com mais facilidade,
O sumo sugado da humanidade.
Suor salgado, filho do labor.
Permita a mim que eu fique do outro lado,
eu rogo a ti, ilustre monumento
que fica erguido, em pé, porém, parado.
Engula-me também lá para dentro
Depois me cuspa privilegiado
Munido de gravata e sem lamento.
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