quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não é que não me queiram muito bem
Apenas não me querem assim: perto.
E ainda que quisessem, estou certo,
Eu mesmo afastaria todo alguém.

O outro indaga “então por que se importa
Se é tudo solidão no fim das contas?
A flecha não se ocupa do que aponta.
O acerto, essa é a verdade que a conforta!”

Que ingênua objeção, hão de convir.
Se o fim é a menor parte do traçado
E o risco é o que define o “aonde ir”.

O caso é que largaram-me de lado
Mas, se puder, vou sempre preferir
Abandonar a ser abandonado.

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